terça-feira, 30 de junho de 2015

OPOSIÇÕES



“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. – Jesus.  (Mateus, 5:44).

            Imperioso modifiques a própria conceituação, em torno do adversário, a fim de que se te apague da mente, em definitivo, o fogo da aversão.
            Isso porque o suposto ofensor pode ser alguém:
que age sob a compulsão de grave processo obsessivo;
que se encontra sob o guante da enfermidade e, por isso, inabilitado a comportar-se corretamente;
que experimenta deploráveis enganos e se acomoda na insensatez;
que não pode enxergar a vida no ângulo em que a observas.
            E que nenhum de nós encontre motivos para lhe reprovar o desajuste, porquanto nós todos somos ainda suscetíveis de incorrer em falhas lamentáveis, como sejam:
            cair sob a influência perturbadora de criaturas a quem dediquemos afeições sem o necessário equilíbrio;
            iludir-nos a nosso próprio respeito quando não pratiquemos o regime salutar da autocrítica;
            entrar em calamitoso desequilíbrio por efeito de capricho momentâneo;
            assumir atitudes menos felizes, por deficiência de evolução, à frente de companheiros em posições mais elevadas que a nossa.
            Em síntese, para sermos desculpados é preciso desculpar.
            Reflitamos na absoluta impropriedade de qualquer ressentimento e recordemos a advertência de Jesus quando nos recomendou a oração pelos que nos perseguem. O Mestre, na essência, não nos impelia tão-só a beneficiar os que nos firam, mas igualmente a proteger a sanidade mental do grupo em que fomos chamados a atuar e servir, imunizando os companheiros, relativamente ao contágio da mágoa, e frustrando a epidemia da queixa, sustentando a tranqüilidade e a confiança dos outros, tanto no amparo a eles quanto a nós.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me!...)

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