quarta-feira, 22 de abril de 2015

ADVERSÁRIOS E DELINQUENTES


“Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto
estás a caminho com ele...” – Jesus. (MATEUS, 5:25)

Jesus nos solicitou a imediata reconciliação com os adversários, para que a nossa oração se dirija a Deus, escolmada de qualquer sentimento aviltante.
Não ignoramos que os adversários são nossos opositores ou, mais apropriadamente, aqueles que alimentam pontos de vista contrários aos nossos. E muitos deles, indiscutivelmente, se encontram em condições muito superiores às nossas, em determinados ângulos de serviço e merecimento. Não nos cabe, assim, o direito de espezinhá-los e sim o dever de respeitá-los e cooperar com eles, no trabalho do bem comum, embora não lhes possamos abraçar o quadro integral das opiniões.
Há companheiros, porém, que, atreitos ao comudismo sistemático, a pretexto de humildade, se ausentam de qualquer assunto em que se procura coibir a dominação do mal, esquecidos de que os nossos irmãos delinquentes são enfermos necessitados de amparo e intervenção compatíveis com os perigos que apresentem para a comunidade.
Todos aqueles que, exercem algum encargo de direção sabem perfeitamente que é preciso velar em defesa da obra que a vida lhes confiou.
Imperioso manter-nos em harmonia com todos os que não pensam por nossos princípios, entretanto, na posição de criaturas responsáveis, não podemos passar indiferentes diante de um irmão obsidiado, que esteja lançando veneno em depósitos de água destinada à sustentação coletiva.
Necessitamos acatar os condôminos do edifício que nos serve de residência, toda vez que não consigam ler os problemas do mundo pela cartilha de nossas ideias, todavia, não será justo desinteressar-nos da segurança geral, se vemos um deles ateando fogo no prédio.
Cristo, em verdade, no versículo 25 do capítulo 5, do Evangelho de Mateus, nos afirma: “reconcilia-te depressa com o teu adversário”, mas no versículo 2 do capítulo 16, do Evangelho de Lucas, não se esqueceu de acrescentar: “dá conta de tua mordomia”.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna

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